Arquivo para novembro \16\+00:00 2014

César Lindemeyer

No dia 09/11/2014, aos 60 anos, faleceu César Lindemeyer, um dos grandes intérpretes da música nativista gaúcha. Em sua homenagem, fiz um vídeo com uma das suas mais lindas músicas.

O muro da vergonha

Hoje se comemora os 25 anos da queda do odioso muro de Berlin, cuja construção pelos comunistas começou 16 anos após o término da 2ª Guerra Mundial.

Tudo começou com um “líder” populista (Hitler), que casualmente, a partir de uma crise pós 1ª guerra, através de uma oratória brilhante, empolgada e matreira criou o Partido dos Trabalhadores da Alemanha. Daí, através de promessas do paraíso na terra, foi conquistando todas as classes sociais, começando pelos jovens, e as que detinham a produção e a intelectualidade, foram aderindo para não sucumbir soterrada pelos fanáticos.

A fórmula foi dividir as pessoas em classes; ricas e pobres, boas e más, “nós” e “eles” e dar privilégios e poder ao “guarda da esquina”. Com isso, começaram as perseguições contra quem não pactuava com o nazismo. Jovens denunciavam seus pais, parentes denunciavam os seus, e até os amigos se dividiram nessas castas dos “bons” e os “maus”.

O resultado, desencadeado a partir da 2ª Guerra, todos com algum conhecimento sabem no que deu. Felizmente o mundo se juntou para aniquilar os fanáticos que queriam unificar toda a Europa numa grande Alemanha. Com o fim da guerra, pelo tratado de Yalta, a Alemanha e principalmente Berlin, foram divididas ao meio. De um lado, a Alemanha Oriental administrada pela URSS e do outro, por um grupo de países composto por Inglaterra, EUA e França.

Iniciou-se então a paranóia da “guerra fria” que culminou com a construção do muro de Berlin pelos comunistas, tudo para evitar que os alemães do lado oriental fugissem do regime comunista. Isso porque, o lado ocidental iniciou uma extraordinária recuperação econômica que reergueu as cidades dizimadas pela guerra. Este fato levou 2,6 milhões de pessoas a trocar de lado abandonando a DDR – República “Democrática” Alemã.

Foi então que em 13 de agosto de 1961, do dia para a noite, a divisa que começara com um cerca de arame, deu lugar a construção do muro que media 3,5 m de altura e media 155 km na parte externa e, 43 quilômetros na interna, do alto do qual os soldados soviéticos atiravam em quem se arriscasse a ultrapassá-lo. Foram centenas de pessoas que morreram e milhares feitos prisioneiros tentando fugir do “maravilhoso” regime comunista.

O muro da vergonha, além de dividir o país, fez com que dezenas de milhares de famílias fossem separadas sem contato algum. Berlin, a linda capital alemã, passou por duas das mais cruéis tiranias que o mundo já viu: a de Hitler e a de Stalin.

Lembro bem da vitória da democracia que, em 09 /11/1989, levou milhares de pessoas de ambos os lados, a utilizar o que houvesse ao alcance para derrubar aquele monstrengo cinza, emblema de um comunismo que finalmente ruía, simbolizando o  fracasso do socialismo para a maioria da população alemã e do mundo.

Este ano, estive em Berlin e um dos pontos que fiz questão de visitar, foi o famoso checkpoint Charlie e poucos metros que restou do muro, que serve para os turistas fotografarem e para não ser esquecido.

O que eu senti naquele lugar, foi um misto de alegria pela vitória do povo alemão e uma profunda amargura por ver o que ideologias totalitárias podem fazer com a liberdade dos povos. Imaginar o que as pessoas divididas pelo mura passaram, me fez questionar a irracionalidade do ser humano. Confesso que senti um nó na garganta e que chorei de vergonha.

Felizmente, a despeito de tudo e de todos, mais dia, menos dia, a liberdade acaba por vencer. Um dia ninguém mais será escravo, quer de patrões que de religiões, ou de regimes políticos totalitários.

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Sou Gelmir Gutier Reche, nascido em 17 de setembro de 1950 na localidade denominada Chimarrão, então distrito de Lagoa Vermelha (Terra que espelha o povo gaúcho), casado com Marinês Müller Reche, pai de Nêmora e Amanda Müller Reche, presidente da União gaúcha de Estudantes Secundários - UGES - gestão 73/74, Advogado formado em direito em 2005 pela FEEVALE. Sou uma pessoa que luta sempre pelo que é correto. Amigo leal, ético, fiel aos meus princípios e a tudo o que me é caro. Creio no amor e saúdo a vida.
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